Patrimonialización de la naturaleza en Argentina y Brasil : reserva de biosfera y parque nacional como discurso global y práctica local

Abstract

A partir tanto de la perspectiva político-institucional como técnico científica, y considerando tres temas sine qua non de Áreas Protegidas (AP): conservacionismo, uso público y gobernanza, el presente estudio se propone analizar los discursos globales, en escala internacional y nacional, el reconocimiento de AP como un proceso de “activación patrimonial” con intencionalidad mercadológica, contextualizando prácticas locales en Brasil y, especialmente en Argentina. Para alcanzar los objetivos propuestos se adopta como metodología el estudio de caso (Yin, 2010), como técnica de recolección de datos: la documentación, registro de archivos, observación directa e artefactos físicos; y para la interpretación de los datos obtenidos, el análisis de contenido (Bardin, 2011) que objetiva una comprensión hermenéutica controlada, basada en inferencias. Se pone en evidencia que los discursos globales de patrimonialización de la naturaleza, asociado al uso público y la gobernanza de AP, para los pueblos indígenas y comunidades locales (PI&CL), representan en la actualidad como nunca antes en el contexto histórico mundial, la posibilidad de imponer un estado de articulación y cooperación comunitaria, basado en valores de usos comunes tan auténticos como las necesidades de sobrevivencia de las minorías sociales. A partir de las prácticas de la Reservas de Biosfera Andino Norpatagónica (AR), Serra do Espinhaço (BR) y aún del Área Protegida Lanín (AR) se concluye que los discursos globales o internacionales que sirvieron para orientar políticas nacionales y transnacionales en diversas partes del mundo, en verdad, en un primer momento, fueron practicados localmente. Por lo tanto, los resultados de estas diversas prácticas locales, contextualizados en una perspectiva macro, es que se transformaran en discursos globales que, lamentablemente, van perdiendo características importantes frente a distintos intereses a medida que avanzan como políticas estructuradoras.

From both the political-institutional and scientific-technical perspectives, and considering three sine qua non themes of Protected Areas (PA): conservationism, public use and governance, this study aims to analyze global discourses, on an international and national scale, the recognition of PA as a process of "patrimonial activation" with marketing intentions, contextualizing local practices in Brazil and, especially in Argentina. To reach the proposed objectives, the case study is adopted as a methodology (Yin, 2010), how data collection technique: documentation, file registration, direct observation and physical artifacts; and for the interpretation of the data obtained, the content analysis (BARDIN, 2011) that aims at a controlled hermeneutic understanding, based on inferences. It is evident that the global discourses of patrimonialization of nature, associated with public use and PA governance, for indigenous peoples and local communities, represent today as never before in the world historical context, the possibility of imposing a state of articulation and community cooperation, based on values of common uses as authentic as the survival needs of social minorities. From the practices of the Biosphere Reserves Andino Norpatagónica (AR), Serra do Espinhaço (BR) and even Lanín Protected Area (AR) it is concluded that the global or international discourses that served to guide national and transnational policies in various parts of the world, in truth, at first, were practiced locally. Therefore, the results of these diverse local practices, contextualized in a macro perspective, is that they will be transformed into global discourses that, unfortunately, are losing important characteristics in the face of different interests as they advance as structuring policies.

A partir tanto da perspectiva político-institucional como técnico-científica, e considerando três temas sine qua non das Áreas Protegidas (AP): conservacionismo, uso público e governança, o presente estudo se propõe a analisar os discursos globais, em escala internacional e nacional, do reconhecimento de AP como um processo de “ativação patrimonial” com intencionalidade mercadológica, contextualizando práticas locais no Brasil e, especialmente na Argentina. Para alcançar os objetivos propostos se adota como metodologia o estudo de caso, como técnicas de coleta de dados: a documentação, registro de arquivos, observação direta e artefatos físicos e; para a interpretação dos dados obtidos, a análise de conteúdo que objetiva uma compreensão hermenêutica controlada, baseada em inferências. Fica evidenciado que os discursos globais de patrimonialização da natureza, associados ao uso público e à governança de AP, para os povos indígenas e comunidades locais, representam na atualidade como nunca antes no contexto histórico mundial, a possibilidade de impor um estado de articulação e cooperação comunitária baseado em valores de usos comuns tão autênticos como as necessidades de sobrevivência das minorias sociais. A partir das práticas das Reservas de Biosfera Andino Norpatagónica (AR), Serra do Espinhaço (BR) e da Área Protegida Lanín (AR) se conclui que os discursos globais ou internacionais que serviram para orientar políticas nacionais e transnacionais em diversas partes do mundo, na verdade, em um primeiro momento, foram praticados localmente. Por tanto, os resultados destas diversas práticas locais, contextualizados em uma perspectiva macro, se transformaram em discursos globais que, lamentavelmente, vem perdendo características importantes frente a distintos interesses na medida que avançam como políticas estruturadoras.